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Com a pandemia atual, termos como COVID 19, complicações cardíacas, acometimentos pulmonares e saturação de Oxigênio tornaram-se comuns no nosso dia a dia. As informações tão facilmente disponíveis nas redes socias acabam deixando qualquer um confuso. Com isso cria-se uma atmosfera de medo e insegurança. O pior acontece quando um familiar ou nós mesmos somos pegos de surpresa. E agora estou com COVID, o que fazer?

Em alguns casos o vírus conhecido cientificamente como SARS-CoV-2 pode interferir no funcionamento cardíaco tornando nosso coração mais frágil e ao mesmo tempo fazendo com que ele trabalhe em excesso, pois como o organismo está mais inflamado é dessa forma que ele reage. O vírus também pode prejudicar o pulmão fazendo com que o ar que respiramos não chegue ao nosso corpo de maneira eficaz, é como se o pulmão fechasse. A sensação é que perdemos a capacidade de respirar profundamente e com isso sentir-se descansado ou relaxado torna-se apenas uma lembrança. Imagine tentar respirar e não conseguir? É desesperador!

Mas os problemas não param por aí, se estamos cansados apenas de tentar respirar e não conseguir e se juntamente a isso o coração está sempre acelerado começamos a ficar menos ativos. Descobrimos que tomar um banho cansa muito e como é difícil escovar os dentes e pentear o cabelo. Tarefas corriqueiras em outros tempos agora podem ser vistas como verdadeiras maratonas. Ah o gosto e cheiro das coisas somem, e assim comer não se torna mais um prazer como antes. Dessa forma, mexendo menos e ao mesmo tempo tendo uma alimentação inadequada acabamos perdendo músculo também, uma média entre 17% a 30% de massa muscular, sim perdemos força e daí levantar e sentar já não é mais uma tarefa tão fácil. Subir escada parece agora impossível.

Como sair dessa situação? Eu diria, como especialista na área há pelo menos 20 anos, através de muita dedicação, perseverança e fisioterapia. Sim, a fisioterapia no tratamento Pós diagnóstico de COVID é fundamental para ganhar força muscular, reduzir os riscos de sequelas da doença e tornar a vida mais fácil e segura. O fortalecimento através de atividades físico-funcionais faz bem ao coração, seu funcionamento torna-se mais adequado e com isso suas respostas às atividades de vida diárias não serão mais tão exaustivas. Por último, e não menos importante, a fisioterapia cardiorrespiratória através de terapias específicas pressóricas, que estão longe de ser soprar um balão ou mesmo umas bolinhas, pode devolver a saúde dos pulmões e, consequentemente, a sensação de respirar mais profundo. A fisioterapia quando feita com responsabilidade e seriedade pode ser o fator crucial para determinar quando sua recuperação pode acontecer. Então não espere para começar o tratamento! Cada dia pode ser fundamental para vencer essa doença tão devastadora.

Dra. Fernanda Rossi
Fisioterapeuta
CREFITO-11: 52.138F